Kerli - Racing Time (Official Music Video)

Todo o clipe de Racing Time foi produzido pelo artista californiano Kurtis Rykovich. O vídeo, em formato de animação, conta com diversos desenhos parecidos, um depois do outro, de modo em que dê a impressão de movimento. Essa técnica é conhecida como stop motion. O lançamento do vídeo musical foi feito juntamente com o lançamento do single, no dia 25 de Fevereiro, sendo o quinto clipe da era. Trazendo algo um pouco diferente dos antigos clipes de Kerli, esse último mostra a história de uma jovem garota inocente e assustada que vai conquistando as coisas e as pessoas, e, apesar das dificuldades, nunca para de seguir em frente. Ela ganha poder, comete erros, ganha mais poder e no final percebe que todo aquele poder de nada servia se ela estaria sozinha, mas ao perceber o erro, ela descobre que sempre pode contar com amigos que virão nas piores horas. Com o vídeo, é dito que é importante você nunca parar de sonhar e nunca parar de continuar andando para que os seus sonhos se realizem, mas que também é importante saber preservar os amigos.

Nos primeiros desenhos do clipe, Kerli está com as mesmas roupas da capa, parecia bem assustada e olhava para todos os lados a todo momento. Apesar do medo, era possível ver que ela estava andando. Com as mãos encobertas com luvas em tonalidade azul-escura no rosto, ela avançava passo pós passo. Os vocais ainda não haviam começado.

Kerli é vista por um outro ângulo quando começa a cantar: ela está de costas olhando para um coelho branco de monóculo que coçava o rosto com a patinha. Ao perceber a garota, recuou um pouco. Kerli continuou andando e, a medida em que ela dava os passos, o coelho recuava ainda mais. Mas, ao perceber que ela não representava ameaça, ele se aproximou dela e a menina pôde colocá-lo em seu ombro. Novamente ela era mostrada de frente andando com o coelho de monóculo no ombro.

Conforme andava, ela avistou um gato roxo de olhos amarelos e com um imenso sorriso. O gato se aproximou dela e se enroscou nas suas pernas, pedindo carinho, sempre com o enorme sorriso exibindo dentes afiados. Nesse momento, só se eram visíveis as pernas e a parte de baixo do curto vestido rodado de Kerli, mas então quando ela se abaixa para pegar o gato e o abraça pode-se perceber que ela está um pouco diferente de antes: suas roupas estão mais elegantes, o cabelo mais bem arrumado e uma maquiagem muito bem-feita. O coelho branco sumiu misteriosamente.


 

While sure in my arms"
 

Com o felino nos braços, Kerli continuava andando. Conforme o refrão passava, a paisagem ao fundo de Kerli perdia os tons escuros e adquiria um tom azul-claro e esbranquiçado. O sorriso do gato murchou um pouco, mas continuou com sua grandeza. Com o pelo arrepiado, o bichano se contorceu um pouco no abraço de Kerli e a garota por fim o deixou livre. Então ela olha ao redor com uma expressão um tanto confusa, como se estivesse perdida. Ela olhou pro chão, procurando o gato para guiá-la, mas ele não estava mais lá. Cruzando os braços de frio, ela continua andando por alguns segundos até que se detém de repente e, com uma cara de surpresa, o ângulo muda novamente: mostrando ela de costas.

Um pouco mais a frente de Kerli se viam duas criaturas lindas e conforme a música passava, uma espécie de zoom era dado, até que Kerli não era mais visível ali, somente as criaturas. Esses animais em questão eram parecidos com onças, mas eram brancos com pintinhas pretas e um único chfire preto na cabeça. Os olhos azuis das onças reluziam no gelo. Os dois animais estavam deitados no meio de todo aquele frio, mas de repente levantam e começam a andar na direção de Kerli. Conforme a música passa, eles ficam mais e mais perto.

O ângulo muda de repente e Kerli é visível novamente. Ela estava completamente diferente: o cabelo mais cheio, roupas elegantemente adequadas para o frio, sem perder sua tonalidade azul. Entretanto, o vestido, além de estar mais longo, possui uma parte preta florida da cintura para baixo, fazendo com que Kerli pareça da nobreza. As onças com chifre de unicórnio estavam perto dela, como se estivessem a protegendo e Kerli exibia toda a sua majestuosidade com uma das mãos enluvadas na cintura e deixando que o vento gélido sopre seus cabelos cheios para longe. Ela estava com um olhar distante, como se almejasse algo que estivesse longe. As onças vão se afastando de repente, uma pra cada lado, e Kerli se mostra confusa, chamando elas de volta. Uma delas volta carregando uma coroa na boca e a entrega nas mãos de Kerli que a pega, ainda confusa. A outra onça não demora de chegar com uma espada na boca e a entrega nas mãos de Kerli também.

Kerli bota a coroa na cabeça e tenta manusear a espada, mas parece que o vestido a atrapalha. Para resolver o problema, ela passa a espada na parte de frente de seu vestido, rasgando-o por completo. O lindo vestido azul cai no gelo e Kerli fica simplesmente com sua roupa de baixo no meio de todo aquele frio e neve. Ela tenta manusear a espada novamente, dessa vez com uma maior habilidade. Então, ela joga a espada para cima de vez e a mesma rodopia diversas vezes no ar.
 

Lá no alto, enquanto a espada gira, todo o fundo está branco. A espada começa a cair e, aos poucos, vai se transformando estranhamente em um líquido avermelhado que parece ser sangue. O sangue foi caindo, caindo, até se encontrar de vez com Kerli que estava no mesmo fundo branco. A garota ficou completamente melada de sangue, somente com suas roupas de baixo. De repente, vários brilhos de cores azul, amarelo e vermelho tomam o corpo de Kerli. Conforme as luzinhas vão desaparecendo em seguida, podemos ver que Kerli não está mais suja de sangue, mas está com um outro vestido azul ainda mais belo. Um lindo esquilo repousa no topo de sua cabeça.

Kerli retoma sua caminhada, e, o que dá pra perceber é que a cada passo que ela dá, seu cabelo fica mais bonito, suas roupas mais elegantes e o fundo branco/azul-claro no qual ela estava fica cinzento como a cor de pedra com alguns detalhes dourados. Kerli agora é vista de frente, ela está se olhando no espelho e vendo toda a sua beleza, todas as joias, todo o glamour, todo o poder, mas não tem nenhum companheiro. Ela se dirige rapidamente à uma janela do que parecia ser um castelo e começa a chorar.

Mesmo após a música acabar com essa última cena, o clipe continua: alguns passarinhos vão se aproximando dela e o barulho que eles fazem a alegra, ela limpa as lágrimas, olha pra frente e sorri. A tela vai se apagando até ficar completamente preta.